Era outra vez um Sonho pequenino e uma garotinha pequenina.
Essa garotinha sentia-se solitária dentro do Sonho e decidiu que não queria continuar assim. Então ela pediu ao Sonho que lhe fizesse um lugar cheio de coisas fantásticas e cheio de pessoas fantásticas e cheio de animais fantásticos. O Sonho atendeu ao pedido, mas ele não sabia diferenciar animais de pessoas de coisas e acabou por misturar um pouco de cada.
Quando a garota viu o que o Sonho fez, ficou muito satisfeita ignorando o fato de que cachorros não falavam. Tudo era tão maravilhoso.
Um dia a garota voltou a sentir-se só e pediu que o Sonho trouxesse alguém com quem ela pudesse brincar. O Sonho atendeu ao pedido e trouxe um homem bom para conversar com ela, mas o bom homem era perverso em sonhos e violentou a garotinha, matando-a logo depois.
O Sonho esperou por muito tempo por um novo pedido da garotinha, mas ela não respondia os seus chamados.
Após muito, muito tempo, do canto mais escuro e remoto, esquecido até pelo próprio Sonho, a garotinha ressurgiu. E nas trevas ela ficou, esperando. Ela aprendeu como criar a vida e como destruí-la. Agora ela tinha o mesmo poder que o Sonho.
A garotinha pediu ao Sonho que se tornasse parte do mundo em que ela vivia, mas que tivesse cuidado para não se perder no próprio âmago. Como sempre o Sonho a atendeu, dessa vez acertando e vindo na forma de um gato gordo e risonho. Em pouco tempo os pedidos se tornaram ordens e antes que o, agora, gato pudesse notar ele mesmo não passava de um agrupamento de ossos vazio. Não havia amor ou alegria, tristeza ou solidão dentro de si, era algo sem alma; seus únicos pertences agora eram seu maléfico sorriso e sua obediência cega para com a (não mais) garotinha.
- Cortem-lhe a cabeça!
Essa garotinha sentia-se solitária dentro do Sonho e decidiu que não queria continuar assim. Então ela pediu ao Sonho que lhe fizesse um lugar cheio de coisas fantásticas e cheio de pessoas fantásticas e cheio de animais fantásticos. O Sonho atendeu ao pedido, mas ele não sabia diferenciar animais de pessoas de coisas e acabou por misturar um pouco de cada.
Quando a garota viu o que o Sonho fez, ficou muito satisfeita ignorando o fato de que cachorros não falavam. Tudo era tão maravilhoso.
Um dia a garota voltou a sentir-se só e pediu que o Sonho trouxesse alguém com quem ela pudesse brincar. O Sonho atendeu ao pedido e trouxe um homem bom para conversar com ela, mas o bom homem era perverso em sonhos e violentou a garotinha, matando-a logo depois.
O Sonho esperou por muito tempo por um novo pedido da garotinha, mas ela não respondia os seus chamados.
Após muito, muito tempo, do canto mais escuro e remoto, esquecido até pelo próprio Sonho, a garotinha ressurgiu. E nas trevas ela ficou, esperando. Ela aprendeu como criar a vida e como destruí-la. Agora ela tinha o mesmo poder que o Sonho.
A garotinha pediu ao Sonho que se tornasse parte do mundo em que ela vivia, mas que tivesse cuidado para não se perder no próprio âmago. Como sempre o Sonho a atendeu, dessa vez acertando e vindo na forma de um gato gordo e risonho. Em pouco tempo os pedidos se tornaram ordens e antes que o, agora, gato pudesse notar ele mesmo não passava de um agrupamento de ossos vazio. Não havia amor ou alegria, tristeza ou solidão dentro de si, era algo sem alma; seus únicos pertences agora eram seu maléfico sorriso e sua obediência cega para com a (não mais) garotinha.
- Cortem-lhe a cabeça!